quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O pior dia de Elizabeth


«Que vergonha! Foi a pior nota da minha turma! Não posso mostra o teste à minha mãe… Ela passa-se»
  -Terra chama Elizabeth…-disse a Ana, a minha melhor amiga.
  - Vai dar uma volta.-respondi-lhe.
  Após dois minutos, ouve-se o toque de saída: triiing…
   Quando saí da sala de aula fui com a Ana para o refeitório; ela foi logo lanchar, enquanto eu continuei a pensar no meu fracasso.
    -Esquece a aula anterior. Come o bolo que te comprei. – insistiu a Ana. - Lembras -te daquele dia quando nos conhecemos?
     -Sim, foi na aula de História.
     -Tu mal sabias falar português…
       -Lembro-me desse dia como se fosse ontem.
« Naquela altura tinha catorze anos, quando vim para Portugal. Estava aterrorizada, porque não conhecia ninguém e não sabia nada de português. Lembro-me da primeira pessoa que veio ter comigo, era a Ana, apresentou-se e desde aí ficámos melhores amigas…»
   Quando entrei na última aula da manhã, todos os meus colegas começaram a rir, pois eu tinha chiclet nas minhas jeans preferidas.
    -Que nojo!!! Só me acontece a mim. Malditas cadeiras!!!
    -Acontece a qualquer um. Esquece lá isso.- tentou-me a Ana animar.
Para grande azar meu, entornei tinta verde florescente na minha adorada camisola cor de cinza.
   -Este dia não me está a correr lá muito bem.
   -Porquê? – Perguntou-me a Ana.
   -Why? Why? Olha para a minha t-shirt que já vais perceber! – retorqui-lhe.
Finalmente deu o toque de saída, para eu poder ir para casa, para trocar de roupa e almoçar.
     Mal cheguei a casa dei de caras com a minha mother, quando ela viu o meu estado começou logo a fazer perguntas, mas eu virei-lhe as costas.
       -Elizabeth, muda de roupa e depois vem almoçar.
       - Ok, ok... Não demoro nada...- protestei.
   Ao fim de almoçar a minha mãe perguntou-me se não tinha recebido testes. «No mother, no...»
     Ao fim de almoçar, fui logo para o meu quarto, para não ser bombardeada com perguntas da minha mãe e poder não me lembrar deste dia horrendo. Passado pouco tempo, fui dar uma volta com a Ana para arejar as ideias.
        Quando chequei a casa, encontrei a minha mãe aos berros no meu quarto, fui a correr para ver o que se  estava a passar. Quando entrei no quarto a minha mãe virou-se para mim e começou a ralhar-me:
      -Mas o que é isto?Como é que isto aconteceu?
      -Mãe...hum...foi um teste surpresa e além demais não foi a única negativa da turma... 
      -Não interessa...Escondeste-me o teste...Isso é que inporta...Se me tivesses dito que tinhas tirado negativa eu compreendia, mas com esta atitude, não me dás outra opção senão...castigar-te. A partir de agora ficas sem o teu computador e passas a ter mais horas de estudo.
     «Maldita nega...Maldito stor...Maldita sejas aula de português...»
      Quando peguei nos manuais para estudar a minha mother entrou-me pelo quarto dentro para me tirar o computador.
        -Desculpa, mas é o melhor para ti.
        -OK, entendi...
        «Sei que é para o meu bem, apesar de não gostar. Custa-me bastante acreditar que a minha mãe me pôs de castigo, sempre fomos amigas...»
          
            Texto escrito por:
                             Andreia Silva nº4 8ºB
                             Sara Oliveira nº24 8ºB

           
           

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